Advogado, poeta e escritor, Germano Carretoni fala sobre suas experiências e o amor pela poesia.
Germano Carretoni, natural de Corumbá – MS é advogado, pós-graduado em Direito Previdenciário e Processual do Trabalho. Estudou no Colégio Maria Leite, Faculdade UNIVAP, formado em Direito em 1979 e Faculdade LEGALE. Colaborador e participante de livros e antologias, tem como sua paixão literária, a poesia.
Hoje nossa entrevista é com o Advogado, Escritor e Poeta, Germano Carretoni, presidente da CEO – Comissão de Exame de Ordem da 36º Subsecção da OAB-SP.
Evan – Sua formação na área do Direito lhe permitiu ter uma ampla vivência pela busca da justiça. Conte-nos um pouco sobre sua trajetória profissional.
Germano – Sempre tivemos uma infância modesta em Corumbá, MS. Morávamos na Rua Firmo de Matos e, após um acidente que vitimou meu pai, acabei vindo morar em São José dos Campos, SP. Residindo com meu irmão mais velho em uma República de Estudantes. E com sacrifícios iniciei os estudos na Faculdade de Direito. Realmente, a profissão de advogado atendeu aos reclamos vocacionais – amor ao direito! Fiz pós- graduação em Direito. E, com o passar dos anos tivemos que enfrentar a evolução tecnológica e, se moldar às novas exigências do judiciário e se qualificando para enfrentar os embates jurídicos e sempre procurando atender aos reclamos dos clientes, que são a voz dos processos e, nós o porta voz.
Evan – Acho que todo mundo fica curioso em saber: Como é que um advogado se torna também um escritor e poeta? Como começou essa relação?
Germano – Quando ainda morava em Corumbá, MS, acabei indo ser Fuzileiro Naval da Marinha, Ladário e, na época já participava ativamente do Grupo ALEC e, atuando inclusive nos Festivais da Canção, e até mesmo, jurado nos programas de televisão e, assim, nunca esqueci das minhas raízes de poeta que sempre falou “muito alto” no coração.

Evan – O senhor foi um dos colaboradores do livro “Processo Trabalhista: Questões polêmicas”. O título já é autoexplicativo, porém há alguma questão polêmica, tratada no livro, que poderia ser adaptada para um romance?
Germano – Sim, entre as questões abordadas se desponta direitos sociais que são predicados do dia-a-dia da evolução social. E, me faz lembrar as peças teatrais escritas nos idos de 1977-1978 na época com os poetas Rivaldo Araújo, Magali de S. Baruki (Escravos dos Século XX; Vivências Brasileiras; Nem sempre a consciência Pesa ).
Evan – Há vários meses o mundo tem se adaptado, readequado e se reinventado para enfrentar a pandemia do Covid-19. Na área do direito, há algum tipo de lição que se pode tirar desse período, em relação à novas maneiras de exercer a profissão e atender os anseios da sociedade?
Germano – Realmente, a pandemia acabou por provocar uma avalanche de novas regras e, não poderia ser diferente no ramo do Direito/Judiciário que teve que se adequar trazendo um misto de incerteza e, até mesmo receio com as novas práticas de audiências tele presenciais e, que de uma certa forma atropela as regras/normatização do direito.
Evan – Vamos falar um pouco sobre coletâneas. Como escritor, poeta, já participou de várias delas, como “A Nossa Mensagem”, “Impacto Jovem”, “Florilégio da Esperança” e outros. Qual é a sensação de ter seu trabalho literário exposto e ainda acompanhado de vários colegas igualmente talentosos. Que tipo de visibilidade isto lhe dá?
Germano – Realmente, me sinto muito orgulhoso e envaidecido pelos colegas, expoentes literários da nossa eterna Cidade Branca, berço nato da cultura mato-grossense. E, é um trabalho incansável, pois, após concluir “Passa na Praça que a Arte de Abraça III”, já surge uma luz para lançar uma nova antologia sempre com ajuda de Deus para 2021.
Evan – Fale-nos sobre seu livro solo, “Lembranças e Lembranças”. É seu primeiro livro solo?
Germano – Sim, foi o primeiro, livro solo – singelo. Uma forma de tocar as cordas mais sensíveis da Alma – Aquilo que de mais puro temos guardado. Uma homenagem aos irmãos e familiares.

Evan – O que você gosta de ler? Quais os seus livros ou autores favoritos?
Germano – Sempre tive uma voracidade livresca, lia diuturnamente na minha infância e, os primeiros a serem “devorados” foram os romances indianistas de Machado de Assis, Castro Alves e outros clássicos e, logo a seguir veio os menos afeitos à críticas literárias, como Jorge Amado, José Mauro de Vasconcelos e, depois os romances de catástrofes (Hospital, Aeroporto, etc).
Evan – O que lhe inspira a escrever? Há temas recorrentes que gosta de abordar ou tudo depende do momento?
Germano – No dia-a-dia ao deparar com alguma situação inusitada, interessante, já desperta a vontade de discorrer sobre aquele momento de forma quase que folclórica.
Evan – Conte-nos um pouco sobre seus projetos literários para o futuro. Algum já em andamento?
Germano – Sim. Com o auxílio zeloso dos poetas conterrâneos e sobre os auspícios do notável Benedito C.G. Lima, articular uma nova antologia para o ano de 2021.
Evan – Que mensagem você deixaria para seus leitores e para àqueles que como você, tem certa paixão na escrita?
Germano – Não desistam de seus sonhos… Ninguém volta a viver o minuto que passa…e, que seja minutos de ternura, meiguice no olhar, candura de sorrisos…amor fraternal, compaixão, respeito, gratidão.
Evan – Este foi Germano Carretoni, agradecemos muito pelo bate-papo e pela oportunidade de conhecermos mais um grande nome da literatura nacional. Espero que nossos leitores curtam essa entrevista tanto quanto nós curtimos fazê-la. Desejamos todo sucesso em seu trabalho e em tudo que fizer. Grande abraço da equipe À Espreita!